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terça-feira, 21 de agosto de 2012

DISFUNÇÕES DE CÓCCIX


O Cóccix consiste no osso da extremidade inferior da coluna vertebral, é formado por 4 micro vértebras fundidas e apresenta um importante papel (ao contrário do que muitas pessoas pensam) na saúde da nossa coluna. Fixada inferiormente sobre o ápice do sacro é bastante móvel, e assim pode referir um quadro lesional muito frequentemente (referindo sintomas ou não) através de adaptações oriundas de outros segmentos ósseos adjacentes como os ossos da cintura pélvica (sacro, ilíacos, ísquios e púbis). Essa repercussão lesional sobre o cóccix ocorre em virtude de este osso apresentar uma rede considerável de inserções ligamentares, justificando a repercussão das lesões de outros segmentos sobre o cóccix (p. ex: quando um ilíaco migra anteriormente os ligamentos ali presentes vão tencionar o cóccix para trás)
Existe um mecanismo crânio-sacro na nossa coluna que promove a repercussão das disfunções do nosso crânio até o sacro (ou o contrário), isso ocorre em virtude da Dura-máter (meninge mais externa) fazer a ligação destas 2 estruturas. Este mecanismo pode inferir disfunções coccígeas gerando assim uma situação de estresse ligamentar local, situação esta que é a causa principal dos quadros dolorosos do cóccix (Coccigodinia)*.
*Este mecanismo crânio-sacro justifica a associação de sintomas pélvicos com sintomas cranianos, por exemplo, uma disfunção sacral desenvolver crises de enxaqueca.
Na face anterior do cóccix existe um gânglio nervoso autonômico simpático (gânglio ímpar) que é responsável por inervar o aparelho genital, bexiga e intestino grosso, justificando o fato dos pacientes portadores de lesão de cóccix referirem sintomas como impotência, incontinência urinária e constipação.
O cóccix pode realizar 3 movimentos (Flexão, extensão e inclinação lateral), dos quais apenas a flexão é considerada ativa por sofrer ação muscular, os outros 2 movimentos são realizados passivamente por ação ligamentar ou por outros fatores que ofereçam resistência ao cóccix (parto, constipação com acúmulo residual no reto,...), desta forma as disfunções deste osso vão estar relacionadas a fatores internos e externos, sendo suas causas principais:
·         Traumas externos (cair sentado, trauma local) que vão fixar uma anterioridade do cóccix (Flexão).
·         Traumas internos (parto) que vão empurrar o cóccix em extensão.
·         Hipertonia dos músculos inseridos no cóccix.
 
SINTOMAS: O paciente que apresenta disfunção de cóccix vai relatar aumento dos sintomas (dor) na posição sentada e alívio do mesmo na posição em pé, bem como vai apresentar queixas de diminuição da força do grupo muscular posterior da coxa (levam a coxa para trás e flexionam o joelho – extensão de quadril e flexão de joelho) e dor ao palpar o sacro.
COCCIGODINIA (DOR AGUDA NO CÓCCIX): Consiste em um quadro doloroso agudo do cóccix originado por eventos como fraturas, luxações, entorses ou trauma obstétrico, bem como tumores locais que vão adaptar o cóccix em uma posição fora das amplitudes normais dele, gerando assim uma série de tensões ligamentares (maior causa de dor) e musculares sobre este osso.
Para tratar tal enfermidade a OSTEOPATIA propõe uma abordagem manual que visa a avaliação e diagnóstico de qual disfunção o cóccix está adaptado e por fim o tratamento especifico da disfunção, além de promover a correção das tensões adjacentes em ligamentos e músculos. A OSTEOPATIA mostra-se bastante eficaz no tratamento das disfunções coccígeas, havendo melhora dos sintomas já na primeira sessão.