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terça-feira, 30 de outubro de 2012

OSTEOPATIA CRANIANA - Como funciona??



Retornando à ativa de postagens no blog após um período de 3 meses, pessoas sempre me questionam sobre o que é e como funciona a OSTEOPATIA CRANIANA. Para iniciarmos qualquer apontamento é imprescindível que quebremos um dos maiores mitos referente ao que conhecemos do corpo humano, trata-se dos movimentos que os ossos do crânio realizam, exatamente, o crânio é formado por vários ossos e todos apresentam MICROMOVIMENTOS. Movimentos estes que se realizam associados à respiração, ou seja, na inspiração todos eles fazem FLEXÃO e na expiração fazem EXTENSÃO. Desta forma:
INSPIRAÇÃO-FLEXÃO: Os ossos se voltam para o interior da calota craniana, como se estivessem apertando o interior da mesma, é observado um aumento do diâmetro lateral e a redução da altura.
EXPIRAÇÃO-EXTENSÃO: Os ossos afastam-se do eixo central do crânio havendo um aumento da altura, e da mesma forma um estreitamento lateral do diâmetro craniano.
À grosso modo, pode-se notar que o ciclo respiratório intervém como um mecanismo de bombeamento da calota craniana, onde na flexão os líquidos intracranianos (Líquor medular, Sangue,...) são apertados para saírem do crânio (pressão intracraniana aumentada). Enquanto na expiração observa-se o retorno da pressão intracraniana mais baixa e consequentemente no retorno dos líquidos pro interior do crânio. Justifica-se assim, o fato das disfunções cranianas causarem distúrbios referente à estase sanguínea (acúmulo) e de líquor dentro do crânio.
            15 ossos menores formam a região da face, enquanto 7 ossos maiores formam a calota craniana:
·         Occipital.
·         2 Temporais.
·         2 Parietais
·         Esfenóide
·         Frontal

Assim como as articulações sinoviais (móveis) dos membros, os ossos do crânio também podem apresentar limitações de movimento por trauma recebido ou bem como por adaptação de outra disfunção oriunda da coluna vertebral. Estes ossos tem relação íntima com o sistema nervoso central por seus nervos cranianos e glândulas centrais do nosso organismo, da mesma forma vasos sanguíneos internos da calota craniana podem aparecer alteradas de acordo com as lesões destes ossos, afirma-se que o mau posicionamento dos ossos do crânio podem estirar ou comprimir estas estruturas que passam por eles (nervos e vasos), e por fim gerar os sintomas específicos da estrutura lesada.
Alguns dos sintomas mais observados nas disfunções\lesões dos ossos do crânio são oriundos do comprometimento dos 12 pares de nervos cranianos**, além de glândulas e vasos sanguíneos locais:

  • ·         Enxaqueca e cefaléias;
  • ·         Otites (dor de ouvido), vertigem, zumbido, surdez, ...
  • ·         Nevralgia do Trigêmio.
  • ·         Insônia, cansaço extremo, depressão,...
  • ·         Distúrbios faciais (rinite, sinusite, alergias e alterações da ATM).
  • ·         Distúrbios gastrointestinais.
  • ·         Disfunções glandulares-hormonais ( alterações da hipófise, tálamo, hipotálamo, córtex,...)
  • ·         Estrabismo, hipoconvergência e outras disfunções visuais.
  • ·         Dores em todos os níveis da coluna vertebral.
  • ·         Alterações circulatórias intracranianas.


Se analisarmos os sintomas, as disfunções cranianas são as responsáveis pelo surgimento da grande maioria dos problemas referente ao Sistema Nervoso Autônomo (SNA = Inconsciente), bem como apresenta total relação com as dores de coluna desde a cervical até a lombar e sacral.
As técnicas cranianas são realizadas com contatos específicos dos dedos e através de um toque suave que implica na correção do posicionamento destes ossos por uma resposta membranosa local e não através do estímulo mecânico. Pontos chaves da calota craniana são palpados e estimulados a moverem-se, consiste no ponto de junção entre vários ossos da esfera anterior e posterior do crânio, são eles: ASTÉRION e PTÉRION.
A intervenção da OSTEOPATIA craniana é indispensável na abordagem de praticamente todos os pacientes, já que se o OSTEOPATA não corrigir estes ossos o fator causal e desencadeante da maioria dos problemas citados estará presente sempre, e assim os sintomas deste paciente sempre apresentarão recidivas. Como mencionado, entende-se que a correção craniana na maioria das vezes inclui-se como fator AUXILIAR do tratamento de outros segmentos corpóreos, uma vez que praticamente todos os problemas terão alteração da inervação local, e esta por sua vez com a medula e por fim, com o cérebro.
Espero que tenham se interessado pelo assunto e desde já me coloco a disposição para eventuais comentários e questionamentos.

Muito obrigado!


Nervos Cranianos

I – NERVO OLFATÓRIO: Sensibilidade olfativa.
II – NERVO ÓPTICO: Sensibilidade visual.
III – NERVO ÓCULO-MOTOR: Motricidade ocular.
IV – NERVO TROCLEAR: Motricidade ocular.
V – NERVO TRIGÊMIO: Sensibilidade da Face e motricidade mastigatória
VI – NERVO ABDUCENTE: Motricidade ocular.
VII – NERVO FACIAL: Motricidade dos músculos da mímica facial, além da sensibilidade de parte da língua, ouvido e faringe. (gl, lacrimais, salivares e mucosas nasal e bucal).
VIII – NERVO VESTÍBULO-COCLEAR: Sensibilidade auditiva e de equilíbrio.
IX – NERVO GLOSSOFARÍNGEO: Sensibilidade da língua e faringe, motricidade da deglutição.
X – NERVO VAGO: Inervação Parassimpática das vísceras abdominais e de alguns músculos do pescoço.
XI – NERVO ACESSÓRIO: Inervação de trapésio e Esternocleidomastóideo (ombro).
XII – NERVO HIPOGLOSSO: Motricidade da língua.