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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Por que somos doentes??



Muito de nós já nos deparamos com alguma pessoa na faixa dos 50 anos que profere a seguinte frase.

_ Antigamente as pessoas eram mais saudáveis. 
Ou
_ Hoje as pessoas morrem muito mais por doenças.

            Tais colocações estão certas ou erradas? Diante destes questionamentos nos deparamos com uma situação de ambigüidade ou duplo ponto de vista, ou seja, será que hoje estamos “mais doentes” ou antigamente não existiam tantos “meios de diagnósticos”, afinal de contas, óbitos por causas desconhecidas eram rotineiramente citados por nossos ancestrais, muitos de nós temos um familiar ascendente que faleceu de “causas naturais” (sem diagnóstico predefinido).
Afinal, morriam poucas pessoas por doenças por quê? Em virtude de não haver meios diagnósticos como hoje, um paciente com insuficiência pancreática morreria naquela sem saber a causa muitas vezes, assim como um câncer de próstata, não seria evidenciado uma vez que os costumes masculinos daquela época não incentivarem um exame de toque. Estas pessoas que faleciam por “causas naturais”, se elas soubessem seus respectivos diagnósticos... a qualidade de vida dele seria a mesma? A estimativa de vida dele seria a mesma?
Atualmente estamos diante de uma gama muito ampla de MEIOS DE DIAGNÓSTICO (Exames de imagem, hemogramas, eletro-encéfalograma...), isso é maravilhoso no sentido de certificar a doença ou justificar os sintomas que estamos sentindo, porém nos apresenta a cada dia que passa uma doença NOVA para nos preocuparmos. Muitos de nós nos sentimos constantemente ameaçados com receio de contrairmos esta doença nova e passamos a ficar MAIS CAUTELOSOS AINDA.
É notável que uma pessoa portadora de um distúrbio psicológico\emocional tende a ser mais susceptível à adoecer, uma vez que estes problemas reflitam comprovadamente sobre a fisiologia corpórea, justificando assim a relação entre a saúde mental com a corpórea. Da mesma forma um individuo livre de traumas ou problemas psicoemocionais está infinitamente menos predisposto a ficar doente.

**O lema CARPE DIEM, nunca fez tanto sentido pra você como agora.

Levando-se em consideração que o fator psicológico\emocional esteja diretamente relacionado ao estado de saúde de uma pessoa, favorecendo ou livrando esta pessoa de fiar doente, o que seria mais plausível? Procurar saber se estamos doentes (mesmo sem sintomas) como medida preventiva e assim conseguir tomar medidas curativas prévias para uma possível patologia?? Ou evitar saber se estamos acometidos por alguma doença (deixar inconsciente o que não está se manifestando) e assim evitar que nossas emoções evidenciem nosso quadro?? Afinal de contas o portador de Câncer piora e muito assim que se dá conta de seu diagnóstico.
É com este ponto de vista que lanço a seguinte enquete. A pregação feita aos pacientes para a realização de exames de rotina para diagnósticos precoces, são benéficos por evidenciar precocemente um quadro, ou maléficos por promover uma ação emocional indesejada e podendo piorar o quadro?
É notória uma mudança brusca de comportamento na população do mundo todo no tocante de que “todos” estão adotando um comportamento mais receoso, fazendo com que grande parte das nossas situações diárias passem a se tornar “perigosas” ou passiveis de “grandes riscos”.
Li certo dia um artigo relatando a seguinte colocação, “Muitos de nós somos predispostos a certas doenças das quais, na realidade, nunca adoeceremos, e, todos nós estamos em algum grupo de risco...". O interesse de indústrias farmacêuticas neste modo de pensar é muito grande, uma vez que com esta paranóia intrínseca na idéia da população, aumenta-se a procura, já que com a população “bitolada” na busca de doenças, os gastos e a procura da assistência farmacêutica será muito maior. No entanto, se visarmos a correção comportamental do ser humano além de não render tantos gastos aos pacientes,  a procura por medicamentos será muito menor.
Não cabe a mim incutir em você leitor uma idéia de medida certa ou errada frente à estes fatos, mas quero apenas dividir com você uma forma diferente de pensar e agir diante de tantas formas de nos tornarmos 'doentes'. É evidente que se formos nos avaliar algo estará em dissonância no nosso organismo, e assim seremos portadores de uma doença.
Uma forma de deixar claro o que quero dizer pode ser feita com a seguinte colocação retirada do mesmo artigo lido, “Se as crianças tossem após se exercitarem, elas têm asma; se elas apresentam dificuldade par ler, são disléxicas; se elas são infelizes, é porque estão em depressão; se alternam entre infelizes e eufóricas, têm distúrbio de bipolaridade. Talvez sem o exame periódico muitos homens portadores de câncer de próstata se portariam a vida toda isentos dos sintomas da doença e consequentemente aumentaria a qualidade de vida dela, podendo mesmo assim tal enfermidade não o levar ao óbito”
Hoje uma epidemia de Depressão e Trauma de infância toma conta de nossas crianças, já que estas não estão mais capazes de absorver brincadeiras e uma correção mais ríspida de seus pais, pois se tornam coagidas e assim podem entrar em depressão. Será que se o tema BULLING não fosse difundido da forma que é existiria tanta criança coagida?? O que houve nesta transição que as crianças de hoje não são mais passíveis de receber críticas?? Sem generalizar, este assunto requer um post de muitas páginas, mas visando não me estender, acredito ter abordado um tema que gere a sua reflexão.

Muito Obrigado!

LEIA, COMENTE, CRITIQUE, FIQUE À VONTADE...

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comentários citados: http://oeloperdidodamedicina.blogspot.com.br

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Lesões de JOELHO



JOELHO é um dos segmentos mais relacionado por leigos às palavras Fisioterapia e Reabilitação, uma articulação de tamanha importância e complexidade funcional merece ser enfatizada nos relatos deste blog.
            Trata-se de uma articulação composta por 4 ossos (fêmur, tíbia, fíbula e patela) conformando uma articulação disposta por 3 faces de contato e 2 eixos de movimento (flexão\extensão e Rotação), ou seja, 3 articulações que formam um complexo articular (joelho). São elas:
·         Articulação tíbio-femoral: Responsável pelos movimentos de flexão e extensão (dobrar\esticar), trata-se de uma articulação condilar onde 2 faces convexas (fêmur) assentam-se sobre um platô tibial (meniscos) mais côncavo.
·         Articulação fêmoro-patelar: Fixada fortemente pelo tendão patelar na frente do joelho em contato com a face anterior do fêmur, a patela se articula deslizando-se sobre o fêmur, auxilia os movimentos de flexão\extensão.
·         Articulação tíbio-fibular: Articulação mais fixa (hipomóvel) na face lateral do joelho.

Vale relembrar alguns componentes de grande importância presente nesta articulação e que são na maioria das vezes os grandes vilões das queixas dos pacientes:
MENISCOS: 2 Estruturas fibocartilaginosas responsáveis por acomodar o fêmur sobre a tíbia e desta forma absorver os impactos da nossa marcha e do peso corporal. Estarão lesionados nos casos de entorses de joelho associado à sobrecarga de peso. Lesão desportiva de grande incidência.
LIGAMENTOS CRUZADOS (Ant. e Post.): Estruturas Fibrosas de baixa elasticidade encontradas no interior do joelho, sua denominação justifica o posicionamento deles (se cruzam). Resistem os movimentos de deslizamento anterior e posterior, desta forma podem ser danificados em situações que exijam estes deslizamentos como, por exemplo, no indivíduo que está correndo e fixa o pé da frente no chão pra frear a corrida bruscamente (cruzado posterior) ou em um trauma direto sobre a face anterior da tíbia (cruzado posterior – Mais raro).
LIGAMENTOS COLATERAIS (Lat. e Med.): Mesma conformação dos cruzados, porém posicionados nas faces externas do joelho lateral e medialmente, desta forma resistem principalmente os movimentos de valgo* e varo* de joelho e associada mente aos cruzados resistem as rotações também. Estarão danificados principalmente em traumas sobre as faces interna\externa do joelho (valgo e varo excessivo).
** O ligamento colateral medial está aderido ao menisco medial: Normalmente a lesão de um repercute na lesão do outro.
Dentre os quadros mais comuns que e nos deparamos em pacientes com queixas de joelho estão:
·         Dor;
·         Restrição de movimento;
·         Instabilidade;

Desta forma, estes 3 sinais são indicativos de uma gama muito grande de lesões que o joelho pode apresentar. Ao avaliar o joelho lesado do paciente, o osteopata pode estar diante de uma variedade muito grande de disfunções, uma vez que apresenta 3 articulações, bem como 4 ossos, 4 ligamentos e 2 meniscos passíveis de disfunção, além do aparato muscular associado nesta articulação (aproximadamente 10 músculos) e outras estruturas não citadas.
Normalmente encontramos no paciente com lesão de joelho, um quadro doloroso na articulação do tornozelo ou quadril, isso ocorre em virtude de uma adaptação óssea\ligamentar\muscular promovido pelo desalinhamento do osso\articulação comprometida, ou seja, a tíbia tem sua parte superior relacionada a articulação do joelho, bem como a fíbula, desta forma, se este osso sofre uma lesão em rotação\torção de joelho, sua porção distal ligada ao tornozelo também sofrerá esta mecanismo, gerando assim a instalação de uma disfunção tíbio-talar (tornozelo). Este mecanismo justifica o fato do osteopata fazer sua intervenção de maneira global e explica assim a formação das cadeias lesionais (adaptações que as articulações sofrem por uma lesão de outro segmento) que geralmente terminam na coluna (segmento que não repercute maiores adaptações), gerando aí um quadro doloroso.
As lesões de joelho podem promover muitas repercussões adaptativas bem como quadros críticos que podem ser solucionados com uma abordagem mais específica. A osteopatia nestes casos apresenta boas evoluções tanto em quadros menos graves como traumas, ou em casos de pós-operatórios no combate a formação de aderências, alivio da dor e ganho de mobilidade\estabilidade.
No meio esportivo a OSTEOPATIA mostra-se cada vez mais eficaz e presente neste meio, na Europa o profissional OSTEOPATA é contratado como membro integrantes das comissões técnicas dos clubes (médico, massagista, fisioterapeuta, osteopata,...). O tratamento será composto por uma avaliação minuciosa para detectar o segmento comprometido, seguido de técnicas especificas para aquele segmento, visando a mobilização, analgesia e o realinhamento do segmento em disfunção.

Dor no joelho não necessariamente nos remete à uma disfunção de joelho!

Procure um profissional!
Muito Obrigado.

** VARO: Joelho abaulado para fora 
VALGO: Joelho abaulado para dentro.

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ALGUNS QUADROS PATOLÓGICOS DE JOELHO

·         Lesão meniscal: Refere restrição de movimento e dor (joelho trava ao dobrar ou ao esticar).
·         Lesão ligamentar: Dor e sensação de instabilidade (hipermobilidade).
·         Artrose: Desgaste articular (dor e sensação de areia dentro do joelho).
·        Entorse: Dor intensa e quadro inflamatório (inchaço) pós trauma.
·         Condromalácea patelar: Artrose da cartilagem da patela (tensão de quadríceps aperta a patela sobre o fêmur).
·         Tendinite|bursite da pata de ganso: Dor|inflamação localizada na face interna do joelho abaixo da linha articular.
·         Osgood-Schlatter: Inflamação da inserção do tendão patelar na tíbia (anterior).

FATORES CAUSAIS\AGRAVANTES DE LESÃO: Hiperatividade física, prática de esportes de impacto, sobrepeso (obesidade), traumas mecânicos,...