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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Osteopatia nas Lesões Traumáticas



Em algum momento de nossa vida somos vítimas de um evento traumático (mecânico) oriundo de uma QUEDA, ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO, AGRESSÃO, LESÃO ESPORTIVA, CIRURGIAS (CICATRIZ), ENTRE OUTROS. De acordo com a intensidade do trauma sofrido pode se observar uma disfunção permanente deste segmento corpóreo que foi apanhado, ou seja, traumas mecânicos são fatores que impõem e o corpo humano uma situação de disfunção não adaptativa onde o segmento que sofreu o impacto torna-se desalinhado forçadamente e incapaz de se adaptar, tornando aquele local disfuncional.
                 











Como ilustração do que mencionei acima ficam os seguintes exemplos:
- DISFUNÇÃO TRAUMÁTICA: O paciente cai sentado, de acordo com a intensidade do sacro o ilíaco (osso da pelve – “bacia”) que sofre o choque no chão pode mudar sua posição tornando-se mais posterior, anterior ou superior, estas são adaptações que o trauma impõe ao corpo e que o mesmo não é capaz de corrigir sozinho, precisa de intervenção osteopática para se realinhar.
- DISFUNÇÃO ADAPTATIVA: Um paciente que nasce com uma perna alguns milímetros mais curta (normal) seu corpo vai se adaptar de forma a compensar este encurtamento anteriorizando o ilíaco do lado da perna curta e assim corrigir os milímetros de diferença, neste caso é uma adaptação benéfica e necessária para o corpo.
               
                O corpo humano é uma UNIDADE FUNCIONAL, ou seja, funciona de maneira harmônica entre todos os seus componentes (ossos, músculos, vísceras, nervos, vasos sanguíneos,...), diante de um evento traumático o segmento afetado torna-se comprometido e imóvel, automaticamente os outros segmentos íntegros passam a compensar a imobilidade do local lesionado e consequentemente sobrecarregando alguma outra estrutura, a qual vai desenvolver um desgaste funcional notando-se a instalação dos sintomas no local compensado. (cervicalgia oriunda de um trauma sobre a mão).
                Um trauma de crânio pode mudar a conformação anatômica do osso afetado tornando-o mais interno na calota craniana, ou seja, ele fica preso e imóvel (os ossos cranianos articulam-se entre si ***) entre os ossos em que se articula adotando uma disfunção que na osteopatia denominamos como ENCASTRAMENTO. Um osso encastrado vai prejudicar a mobilidade do restante da unidade craniana e conseqüentemente prejudicar as estruturas vasculares e nervosas com que tem relação, ou seja, alguns vasos sanguíneos e nervos podem estar comprimidos ou estirados trazendo ao paciente sintomas específicos do osso e de suas estruturas acometidas (cefaléias, enxaquecas, dor de ouvido, vertigens, náuseas, dor de dente, rinite, sinusite, hipoconvergência, estrabismos, dor ocular, desvio de septo, disfagia (dificuldade pra engolir), transtornos viscerais, cansaço, ...).
Nos traumas de forma geral (entorses, fraturas, pancadas,...) normalmente o segmento acometido torna-se imóvel e conseqüentemente componentes vizinhos ganham mais mobilidade pra compensar a pouca mobilidade do local lesionado, com os componentes adjacentes mais móveis, a capacidade de se adaptar a lesão primária ( achar uma posição que estresse menos o segmento lesado) é maior, assim as articulações do membro afetado vão mudando sua conformação (girando, inclinando, torcendo,...) até chegar na coluna vertebral ou em um ponto que não necessite adaptar outro segmento, que não acomoda mais os estímulos adaptativos vindos do trauma, desta forma como último estágio adaptativo do trauma a vértebra em questão torna-se disfuncional e passa a gerar sintomas (dor, protrusão e hérnia discal,...).
Este é um fenômeno adaptativo que ocorre lentamente com o passar dos anos, muito normal um paciente portador de lombalgia apresentar um histórico traumático de membro inferior na infância, desta forma corrige-se (OSTEOPATIA) o local do trauma e a lombalgia regride satisfatoriamente, já que o estimulo adaptativo do trauma é interrompido.
Os traumas podem trazer uma série de prejuízos ao corpo humano já que o segmento afetado não é capaz de se corrigir automaticamente, necessitando que os outros segmentos adaptam-se para que a lesão seja minimizada cronicamente. Da mesma forma, ressalta-se o efeito que um trauma gera de forma imediata, onde o paciente visando privar o local da lesão de tensão passa a adotar uma postura torta e errada chamada de ANTÁLGICA (posição que não causa dor), esta postura adotada por dias pode alterar outros componentes já que vai sobrecarregar outro componente corporal.  A intervenção osteopática é bastante eficaz na correção destas disfunções traumáticas e da mesma forma a evolução do paciente é notóriamente observada.
A OSTEOPATIA vai atuar corrigindo o segmento portador evento traumático e suas adaptação que necessitem de intervenção, da mesma forma vai atuar promovendo um reequilíbrio segmentar neutralizando as compensações corporais atreladas ao trauma primário. Portanto, o paciente que sofreu um trauma deve procurar um profissional osteopata para uma intervenção a ponto de impedir que seu corpo venha a apresentar adaptações prejudiciais.