Um dos
problemas que atualmente assolam boa parcela da população são as dores de
cabeça, sejam as cefaleias corriqueiras ou as enxaquecas esporádicas. Ambos os
quadros são muito frequentes e mencionadas em consultórios de diversas
especialidades dos setores de saúde. Podem estar atreladas a uma lista extensa
de causas, porém uma característica patológica é eminente tanto na cefaleia
quanto na enxaqueca, a circulação sanguínea intra craniana.
As cefaleias e as enxaquecas se diferem por algumas características de fatores
causais bem como intensidade, sintomas e localização. Enquanto as CEFALEIAS são
relacionadas principalmente a tensão muscular, traumas locais e alteração
congestiva na circulação craniana (disfunção do sistema de drenagem pelas veias
jugulares), as ENXAQUECAS assumem um papel mais isquêmico e\ou metabólico, ou
seja, a mesma está relacionada à diminuição do fluxo sanguíneo nos centros
corticais do crânio (disfunção arterial – sistema de entrada de sangue), assim
como pode ser resultante da irritação destas áreas pela ingestão\produção de
algum componente químico irritativo que vai estimular as vias da dor no sistema
nervoso central.
A
circulação craniana é a chave das origens das dores de cabeça, bem como vale
ressaltar que o sistema nervoso autônomo é indispensável no controle da mesma. A
alteração dos componentes autonômicos pode ser observada principalmente nas disfunções
da coluna cervical e torácica alta, bem como na alteração dos gânglios
intracranianos relacionados aos ossos da calota craniana.
Diferenciamos
as duas principalmente quando questionamos a duração, a intensidade, a frequência e a localização da dor apresentada pelo paciente.
O
principal mecanismo de tratamento destas alterações é visando o reequilíbrio do
sistema nervoso autônomo, a normalização do aparato circulatório intracraniano por
meio de técnicas visando o aumento ou a diminuição do fluxo sanguíneo local,
assim como restabelecer o componente metabólico comprometido melhorando a
função visceral envolvida, uma vez que com o órgão em disfunção (geralmente
fígado e\ou vesícula) não há como corrigir a produção do agente irritativo que
está causando da dor.
Levando-se
em consideração que a mobilidade dos ossos do crânio pode estar comprometida
(link), esta disfunção pode levar alguns centros autonômicos à aumentar ou diminuir
a circulação local, estes centros estão relacionados com ossos específicos como
frontal e temporal, regiões estas muito mencionados nas áreas referidas de cefaleias e enxaquecas. As sinusites e as rinites da mesma forma podem
favorecer o surgimento das dores, normalmente relacionados a disfunções
estruturais dos ossos da face (perda de mobilidade). Algumas alterações
hormonais podem também favorecer as dores de cabeça, como por exemplo, os
episódios de TPM e durante a gestação.
A
OSTEOPATIA mostra-se bastante eficiente na abordagem das dores de cabeça em
geral, evidenciando a procura incessante desta técnica para o tratamento das
mesmas, cabe ao OSTEOPATA fazer uma avaliação minuciosa a ponto de diferenciar
a causa real da dor do paciente bem como elaborar o tratamento visando à
correção do distúrbio causador, seja a coluna cervical alta, disfunção
visceral, alteração dos ossos do crânio, tensão muscular, estresse,
desequilíbrio autonômico, entre outras.
Vale
ressaltar que devido à lista de fatores causais ser bastante extensa, a
abordagem multidisciplinar deve sempre ser preconizada, contando com atuação do
OSTEOPATA simultaneamente à dos profissionais de medicina, nutrição, farmácia, odontologia e
psicologia.
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