Diante
de um quadro de entorse costal atendido na semana passada me veio a
possibilidade de escrever à respeito do assunto já que não vemos muitos artigos
públicos relacionados à lesões de costelas, e você não leu errado não, uma vez
que por se tratar de um componente ósseo que se articula (possui ligamentos),
uma costela pode sim sofrer uma lesão de entorse. Quadro intenso de dor pontual
posterior (lateralmente a coluna) ou anterior (união com o osso esterno) é causado
na grande maioria por um movimento excessivo de rotação de tronco, após uma
crise importante de tosses ou por um trauma direto.
O arcabouço torácico é composto por 12 pares de costelas que se relacionam bilateralmente com cada vértebra torácica, apresentam algumas particularidades relacionadas a cada região do gradil costal, pode ser destacada a diferença da 1ª para as demais costelas onde esta apresenta um sistema biomecânico próprio e um pouco distinto das demais costelas. São formadas por 4 partes anatômicas principais, (1) cabeça, (2) colo, (3) ângulo e (4) corpo.
As costelas se relacionam anatomicamente com as vértebras
torácicas através de 2 articulações distintas, as articulações COSTOTRANSVERSA (entre a costela e o processo transverso vertebral) e COSTOCORPÓREA (entre a costela e o corpo vertebral), enquanto a outra
extremidade costal é unida a uma cartilagem que fará a união da mesma ao osso
esterno na região peitoral. As costelas ainda se relacionam com uma série de
músculos, onde os mais incidentes nas ações costais podem ser grifados como os
intercostais (entre as costelas), serrátil, peitorais, quadrado lombar,
abdominais e diafragma. Desta forma elucidamos que aproximadamente 30 músculos
podem estar atrapalhando a harmonia do gradil costal e assim trazendo um quadro
de disfunção ao paciente.
Como todo componente ósseo articulado do nosso corpo as
costelas apresentam um sistema biomecânico bastante singular, já que as 6
costelas superiores realizam um movimento chamado de “Braço de bomba” que
consiste em subir e descer aumentando o diâmetro ântero-superior. Já as
costelas inferiores realizam o movimento que denominamos como “Alça de balde”
por apresentar um movimento de subida e descida aumentado as amplitudes
torácicas no plano lateral.
Por se tratar de uma lesão de entorse, as estruturas que
apresentarão disfunções são as articulações com as vértebras ou a região
relacionada a cartilagem esternal, nota-se um processo inflamatório incidente,
dor aguda pontual na articulação afetada relacionada a movimentos específicos
ou respiração. O trauma causador do entorse desalinha uma das 3 articulações projetando
a costela para frente ou para trás (detectamos na avaliação palpatória),
nota-se da mesma forma um comprometimento da mobilidade local (vértebra em
questão) já que um componente articular encontra-se mal posicionado.
O paciente refere dor aguda bem localizada relacionada à
um determinado movimento de tronco, dado este muito importante na nossa
abordagem para detectar o tipo de disfunção e qual a articulação que está
comprometida, bem como serve para avaliar o grupo muscular envolvido no quadro
do paciente.
As disfunções costais não tratadas devidamente tornam-se
crônicas muitas vezes promovendo ao paciente um quadro intermitente de
irritação, ou adaptando componentes corporais relacionados ao gradil costal implicando
em diminuição de mobilidade ou comprometimento da funcionalidade destas
estruturas, são elas, vísceras torácicas, mediastino, pelve, coluna lombar e
cervical, ombros, além de vísceras abdominais com relação diafragmática
(fígado, estômago, baço e intestino grosso). Desta forma estaríamos diante de
uma disfunção considerada simples, porém com repercussões abrangentes.
As costelas podem também
estarem afetadas por efeitos posturais adaptativos e da mesma forma prover
sintomas ao paciente à longo prazo.
O tratamento OSTEOPÁTICO é bastante simples e indolor,
consiste na aplicação de técnicas específicas visando reposicionar a costela
lesionada, corrigir os espasmos musculares intercostais e de grupos musculares adjacentes
ao local lesionado, devolver a mobilidade local e geral de gradil costal.
O que fazer quando acontece o entorse de costela DOI muito.
ResponderExcluirNão tenha dúvida, procure o médico para uma avaliação.
ExcluirO que fazer quando acontece o entorse de costela DOI muito.
ResponderExcluirBoa tarde!! Me sinto as vezes, jogando ao vento, sou portador de espondilite anquilosante, e já fiz todos os tipos de tratamentos específicos da Reumatologia. Sinto dizer que as dores não param, e por conseguinte as degenerações. Fico chateado demais, por escutar dos médicos a parte técnica, aquela a qual, pensam que a pessoa quando não consegue ter um diagnostico precoce, a doença se alastra de forma terrível. Cada ser humano, seja qual doença adquire, passa ou não por diferentes casos. Bom, e meu caso está sendo um sofrimento muito grande, e sei que tem outros que sofrem iguais. Enfim, no Brasil, não existe bons estudos sobre doenças reumáticas, e venho por favor, implorar, auxilio mais uma vez, pois nos meus exames radiológicos, como por exemplo a cintilografia, as imagens mostram o avanço horrível da doença, ou seja outra. Sinto dores generalizadas em todas as articulações, porém necessito entender de tanta dor ao qual sinto nas costelas e no externo. Na cintilografia o médico especificou isso: gradil costal bilateral têm aspecto inespecífico ao método (trauma? processo inflamatório?). A critério clínico, correlação radiológica.
ResponderExcluirObrigado!! e bom final de semana.
Gostaria que entra-se em contato com migo atravez desse email. Geraldohenrique_cz@hotmail.com
ResponderExcluirTenho dor nas costelas laterais na frete é nas costas, também lateralmente. Sinto está dor apenas quando acordo de madrugada e a dor vai até de manhã. Fico com falta de ar. Depois passa e durante o dia fica normal. Isso se repete a 5 dias. Vou procurar um médico, porém no momento estou em viagem. O que posso fazer ou remédio que poderia tomar para isso melhorar ?
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