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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Disfunções de INTESTINOS - Como e por que ocorrem?


O intestino é um órgão extremamente flexível e devido sua conformação de grande porte, possui um aparato de fixação (peritôneo e ligamentos) bastante influente na suas funções, apresenta também um sistema de mobilidade próprio do trata digestivo (peristaltismo) que favorece a movimentação do conteúdo alimentar desde a ingestão quando chega ao esôfago até o ânus para ser eliminado. Órgão componente do aparelho digestivo está situado em toda a região abdominal sendo apresentado em 2 formatos e tamanhos diferentes:
·         INTESTINO DELGADO: dividido em 3 partes, é o responsável por conduzir o alimento já dissolvido pelo suco gástrico do estômago, portanto o conteúdo que passa por ele é de natureza líquida (Quimo). Na sua primeira porção denominada DUODENO, o bolo alimentar ácido (recém saído do estômago) recebe pequenas quantidades de bicarbonato e outras substâncias alcalinas provenientes do pâncreas para neutralizar este pH ácido (oriundo do estômago). Feita a neutralização do conteúdo alimentar, o mesmo é conduzido por uma rede de intestino delgado de projeção vertical (JEJUNO) e posteriormente por uma rede de projeção horizontal (ÍLEO) com o objetivo de realizar a absorção de alguns nutrientes e por fim encaminhar o conteúdo que não fora absorvido à primeira porção do intestino grosso (Cécum). E por fim, promover a passagem do conteúdo do intestino delgado para o intestino grosso, devendo atravessar uma válvula denominada VÁLVULA ÍLEOCECAL.
·         INTESTINO GROSSO: Passado o bolo alimentar pela válvula ileocecal (muda-se o nome para “Quilo”) o intestino grosso será o responsável por fazer a desidratação do Quilo, o mesmo agora se encontra no CÉCUM, uma bolsa mais larga localizada na primeira porção do intestino grosso no lado direito do abdômen, seguido pelos CÓLONS ASCENDENTE (Sobe verticalmente do lado esquerdo), TRANSVERSO (segmento horizontal que liga o lado esquerdo ao direito do abdômen), DESCENDENTE que desce verticalmente a região inferior do abdômen, SIGMÓIDE que vai obliquamente para região do sacro (porção final da coluna) e por fim RETO e ÂNUS.
 
Vale ressaltar que enquanto o bolo alimentar (Quilo) se encontra na região esquerda do abdômen (Cécum e cólon ascendente) este ainda se encontra na forma líquida ou pastosa, já quando este está no cólon transverso o Quilo começa a ter uma conformação mais rígida porém ainda pastosa, já da porção final do cólon transverso até o cólon sigmóide o Quilo já drenado assume uma conformação mais rígida de fezes.

DISFUNÇÕES

Como todo segmento corpóreo o intestino pode apresentar disfunções (muito comum) de mobilidade, fato este que compromete a movimentação do conteúdo alimentar para ser eliminado. Como descrito, podemos diferenciar o componente comprometido de acordo com a conformação do conteúdo defecado, ou seja, casos de diarréia vão nos indicar um quadro comprometedor do intestino delgado ou de cécum (componentes onde o conteúdo ainda é líquido), já os casos em que as porções finais do intestino (cólons descendentes e sigmóides) estão comprometidas vai ser referida nos quadros de ressecamento ou prisão de ventre (locais onde as fezes são mais rígidas e secas). Da mesma forma, por se tratar de um órgão provido de cúlulas musculares, pode por diversos motivos apresentar espasmos musculares e comprometer sua mobilidade, podendo até causar a interrupção do fluxo do Quimo.
Sua funcionalidade normalmente estará associada a disfunções de segmentos próximos aos intestinos como fígado, estômago, pâncreas e órgãos da cintura pélvica.
A OSTEOPATIA estará intervindo nestes casos promovendo a melhora das condições normais de mobilidade para o segmento intestinal comprometido, bem como favorecendo melhores condições de vascularização e inervação local. Vai atuar também diferenciando a origem deste quadro ao paciente, esclarecendo ao pacientes as causas de caráter estrutural local (aderência por cirurgia, seqüela de quadro inflamatório, traumas diversos), Autonômico (referente a inervação simpática proveniente da coluna ou parassimpática sacral ou craniana), psicossomáticos (ansiedade, nervosismo, stresse,...) entre outras.
A intervenção OSTEOPÁTICA visa basicamente devolver o movimento normal e a função deste órgão, atuando manualmente com técnicas específicas e bem direcionadas sobre o trato digestivo, altamente eficaz trás benefícios ao paciente já na primeira seção, e o acompanhamento nutricional vai incrementar a eficácea do tratamento.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

DISFUNÇÃO DA VESÍCULA BILIAR


Muitos se enganam ao relacionar a vesícula biliar como “o órgão que produz a bile”, porém a mesma restringe-se a armazená-la apenas. O órgão responsável pela produção da bile é o fígado, desta forma após produzida a mesma é conduzida por um ducto (colédoco) que vai até o intestino delgado, onde vai ser despejado no local encontrando o conteúdo alimentar para realizar a digestão das gorduras.
A bile é despejada no intestino delgado através de uma entrada (esfíncter de Oddi) específica que recebe uma via biliar e uma via pancreática para que os componentes digestores de gordura (bile) sejam aproveitados juntamente com as substâncias reguladoras do pH (Bicarbonato oriundo do pâncreas). Em condições onde o indivíduo não está se alimentando o esfíncter de Oddi mantém-se fechado, porém a Bile é constantemente produzida e ao ir pro intestino e encontrar o esfíncter fechado ela retorna em seu trajeto e é depositada em uma bolsa membranosa localizada embaixo do fígado (VESÍCULA BILIAR), para que quando for necessário (alimentação rica em gorduras) este conteúdo biliar sobressalente armazenado na vesícula seja devidamente despejado no intestino delgado.
Em condições normais este mecanismo segue um ciclo próprio de produção, armazenamento e secreção, em condições patológicas (disfunção) este fenômeno estará comprometido seja por uma alteração de mobilidade vesicular que não vai expulsar a bile armazenada ou na conformação do esfíncter de Oddi que não “abre” quando preciso. Alem claro, de disfunções hepáticas que comprometem a produção da bile. Já, em pessoas colescistomizadas (retiraram a vesícula) este armazenamento do conteúdo sobressalente de bile não está presente, fazendo com que todo conteúdo produzido seja acumulado no duto que vai ao intestino, ou seja, se houver um comprometimento do esfíncter de Oddi poderemos estar diante de um conduto inflado e comprometido por uma hiperdeposição biliar gerando complicações locais ou sistêmicas (gerais).
A título de curiosidade, citamos na vesícula biliar 2 quadros patológicos mais comuns:
  • COLESCISTITE: Quadro inflamatório da vesícula biliar por uma disfunção local crônica referente a má alimentação (excesso de gordura) associada ao mau funcionamento vesicular.
  • COLELITÍASE: Consequência da 1ª, a inflamação local não tratada corretamente vai calcificar gerando a formação de cálculos rígidos locais (pedras na vesícula), quadro este mais agudo e doloroso, forçando o paciente a procurar assistência médica.
Quando um cálculo vesicular entra no canal biliar (colédoco), este pode promover uma obstrução deste canal impedindo assim o fluxo biliar local, neste casos o conteúdo acumula e infla o conduto obstruído gerando um quadro inflamatório intenso e muita dor localizada na região abaixo do gradil costal do lado direito  (CÓLICA VESICULAR). Neste caso o quadro pode influir no surgimento de uma pancreatite (inflamação do pâncreas) bem como patologias hepáticas, podendo evoluir ao óbito de não for devidamente tratada ou corrigidas cirurgicamente.
A OSTEOPATIA vai atuar nas disfunções mecânicas da vesícula biliar promovendo a mobilização e o retorno do ciclo biliar ou na correção de uma possível disfunção do esfíncter de Oddi que poderá estar contraído e impossibilitando a secreção do conteúdo biliar, atuando na prevenção da formação dos quadros citados anteriormente. Além de promover uma melhora das funções normais de fígado e outras vísceras possivelmente comprometidas no processo.