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sábado, 1 de julho de 2017

OSTEOPATIA como recurso de tratamento no Pós-Parto



Notamos que atualmente os partos têm sido felizmente objeto de inúmeras pesquisas devido às mudanças que as intervenções deste quadro têm sofrido, é notório o aumento significativo do número de gestantes interessadas e requisitando o método de parto natural, da mesma forma percebe-se um certo decréscimo na procura de cirurgiões obstetras visando priorizar o parto cirúrgico (cesárea).
Porém os fatores que quero priorizar diz respeito ao PÓS PARTO, fase delicada e preponderante para a saúde mental e física da paciente que acabara de dar a luz. Importância esta que ressalto de primeiro momento fazendo-se lembrar das inúmeras mudanças que o corpo de uma gestante sofre no período gestacional, período este compreendido de 9 meses, iniciando-se no processo de fertilização até o momento do parto. 
Resultado de imagem para gestante centro de gravidade
            A postura da gestante é alterada gradativa e ininterruptamente devido às oscilações de seu peso em virtude das ações hormonais que regem a harmonia entre 2 organismos, a retenção de líquido e o controle nutricional da gestante contribui em uma oscilação rápida e considerável de seu peso, sendo o ganho de peso como fator mais notório no 3° trimestre de gestação, o ganho de peso abrupto neste período repercute de forma importante sobre a postura da gestante devido à alteração do centro de gravidade da mesma. O aumento do volume e do peso mamário e abdominopélvico desloca o centro de gravidade postural superior e anteriormente (impondo uma posição do tronco mais anterior, como se estivesse curvada), tal alteração postural incute um aumento de pressão sobre a coluna dorsal  e principalmente lombar (hiperlordose lombar), favorecendo assim quadros de dores lombares (50% dos casos), ciáticas, alterações vasculares,  assim como o surgimento de disfunções musculares e articulares.
            Após o parto, em 10 dias a gestante praticamente restabelece seu peso inicial, porém as adaptações que seu corpo sofreu no decorrer do período gestacional devem ser agora corrigidas pelo mesmo de forma brusca, em outras palavras é como se os fatores posturais que a gestação acarretou no decorrer de 9 meses no corpo da gestante necessita ser recorrigido em 1 semana, período muito comum no pós-parto imediato com queixas de desconfortos e/ou dores musculares e articulares.
Resultado de imagem para osteopatia cicatriz
Deve ser salientado que o método aplicado no parto vai incutir em um processo de pós operatório diferenciado, hoje é comprovadamente evidenciado que o parto NATURAL é o menos agressivo (ponto de vista postural) ao corpo da parturiente, bem como a Cesárea é o procedimento com maior repercussão postural no pós-parto. Isso explica-se pelo fato das CICATRIZES serem muitas vezes as protagonistas esquecidas dos quadros posturais apresentados pelos pacientes (sintomáticos ou não). Estudos de posturologia salientam que as  cicatrizes geram uma repercussão local de encurtamento (restrição proveniente da aderência tecidual). A incisão cirúrgica da cesárea promove a deposição de tecido fibroso rígido nas diversas camadas seccionadas até o útero, gerando aderências locais e dessa forma restringindo a mobilidade elástica dos componentes abdominais (músculos, fáscias, pele e vísceras), essa aderência abdominal promove um encurtamento do plano muscular anterior do tronco e consequente um estiramento do plano muscular posterior, gerando assim maior sobrecarga mecânica na coluna vertebral (surgimento de lesões discais, ciáticas e dores lombares). Neste caso a abordagem pós-operatória é indicada após 12 horas do procedimento visando minimizar a instalação de possíveis aderências locais, bem como priorizar a manutenção da mobilidade local das estruturas acometidas pela incisão cirúrgica.

No parto normal não observa-se a repercussão cicatricial, porém são notórias as alterações articulares provocadas pela abertura da cavidade pélvica, o excesso de abertura da cavidade pélvica no momento do parto gera um estresse muito grande nas articulações locais (sínfise púbica e articulações sacroilíacas), bem como sobre o aparato músculo-ligamentar. Neste caso o processo de intervenção pós-parto são orientados a iniciar após 6 horas, visando o restabelecimento da harmonia mecânica pélvica da parturiente através de técnicas articulares, fásciais, musculares e ligamentares.
É fato e notório o sucesso desses tratamentos quando conduzidos de forma correta e responsável, respeitando principalmente a parturiente como a protagonista do tratamento.
A OSTEOPATIA como intervenção manual diferenciada, consegue suprir os cuidados que o processo do pós-parto impõe em virtude de dispor de técnicas manuais eficientes e capazes tanto de liberar as aderências já instaladas (pós-parto tardio), de prevenir e/ou reequilibrar os efeitos mecânicos do processo cicatricial (pós-parto imediato), bem como consegue restabelecer a biomecânica postural destas pacientes causadas pelo período gestacional e parto.
Devo ressaltar a importância da realização de um acompanhamento pós-parto imediato visando a prevenção de possíveis complicações inerentes à má postura causada pela gestação, bem como visando prevenir também efeitos posturais tardios ocasionados por repercussões cicatriciais. O tratamento osteopático pós-parto está cada dia mais requisitado devido ao sucesso notado com as parturientes.

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