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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

CHICOTE CRÂNIO-SACRO (Chicote Cervical)

 
A coluna cervical é constantemente mencionada nas queixas de pacientes de qualquer faixa etária, as origens e os tipos de patologias cervicais formam uma lista muito extensa, dentre elas um quadro que normalmente nos surge em consultório é o chicote crânio-sacral, trauma mecânico ocasionado pela associação de um vetor de força de aceleração seguido por desaceleração. Observamos tal efeito em casos clássicos de acidentes automobilísticos com choque posterior, onde observamos primeiramente um choque posterior da cabeça contra o encosto do banco e em seguida a projeção anterior na direção do volante ou painel do carro (ocorrendo choque ou não). 
 

      Estabilidade da coluna cervical
 
**Você leitor pode estar mais habituado em ouvir o nome CHICOTE CERVICAL, porém é válido lembrar que a síndrome aqui relatada apresenta uma abrangência maior que costumamos ouvir e normalmente não restringe suas repercussões apenas à coluna cervical, mas sim a todo segmento vertebral.

            A mobilidade excessiva da coluna cervical e o peso considerável da cabeça do paciente (cerca de 10% do peso corporal) favorecem este tipo de trauma, apesar do arcabouço muscular da coluna cervical ser suficiente para prover estabilidade à região, um trauma em condições de distração e inconsciência pode trazer sérios prejuízos, seja de natureza estrutural, neurológica, visceral (isso mesmo), entre outras.
           O chicote C-S ocorre através de 4 fases de evolução, onde levando-se em consideração que o paciente está com o cinto de segurança e sofre um choque posterior em seu veículo:
·         1ª fase: A força de projeção do impacto vai promover uma compressão vertebral pelo espasmo muscular intenso, seguida de uma tração longitudinal da coluna (pelve presa pelo cinto), resultando em lesões discais pelo afastamento vertebral e estiramento das fibras do disco intervertebral.
·         2ª fase: Ocorre a sequência do estiramento da coluna observando-se uma extensão de todos os segmentos vertebrais (a coluna adota uma posição arqueada para atrás), este estiramento persiste até o choque posterior da cabeça do paciente com o encosto do banco do carro. O choque posterior da cabeça vai fazer com que o crânio fique encastrado (fixado) anteriormente e vai promover um estresse articular em todos os segmentos vertebrais como articulações intervertebrais, músculos e ligamentos. Além de repercutir diretamente sobre a ATM em virtude do paciente sofrer o impacto com a boca entreaberta e a musculatura local promover uma disfunção côndilo-meniscal na articulação.
·         3ª fase: Ocorre o ápice de aceleração de todo o processo, onde o tronco e a cabeça do paciente são projetados anteriormente.
·         4ª fase: A última fase do processo é marcada pela desaceleração do processo ainda projetando o tronco e a cabeça do paciente para frente. Novamente o cinto de segurança promove a fixação dos ilíacos no banco e a tração exercida pela projeção anterior faz com que o sacro se fixe anteriormente aos ilíacos. Este processo faz com que a coluna vertebral mantenha-se inteiramente em disfunção (do crânio até o sacro).
 

            Através da descrição de todo o mecanismo do chicote C-S ficam evidentes a complexidade, a amplitude e a gravidade do quadro clínico, uma vez que o conjunto de lesões pode promover uma repercussão grande no corpo do paciente. Listam-se como possíveis estruturas alteradas diretamente pelo mecanismo do chicote crânio-sacro as articulações intervertebrais (facetas articulares), discos intervertebrais, músculos (cervicais, gradil costal e lombares) raízes nervosas motoras e sensitivas, nervos autonômicos, ligamentos, cintura escapular, pelve e cabeça. Além das repercussões secundárias em membros e vísceras.
            Os riscos mais iminentes de sofrer a lesão descrita neste artigo são as lesões discais como entorses e hérnias, lesão ligamentar, luxação articular vertebral, fraturas vertebrais e pélvicas e óbito por lesão grave de cervical alta (fratura com secção medular alta).
            Para nosso corpo estar saudável e livre de sintomas, é necessário um equilíbrio de todos os sistemas, ou seja, a mobilidade e a funcionalidade de todos os segmentos corporais são imprescindíveis. O chicote C-S promove desarranjos articulares cranianos, vertebrais e pélvicos, consequentemente a repercussão destas disfunções vão refletir em todos os segmentos corporais (membros superiores e inferiores, vísceras e músculos pela inervação).

            As queixas mais normais são dores musculares (estiramento\espasmo) e articulares em região cervical, lombar e cintura escapular (torcicolos) com limitação dolorosa de movimento, além de sintomas viscerais como transtornos de trato digestivo e urinário, cefaleias tensionais, enxaquecas, tonturas e vertigens.

  
           
          O tratamento imediato deve consistir em imobilização cervical com colete, medicamentos e repouso. O tratamento osteopático  pode ser imediato (exceto em casos de fraturas ou luxações) e consiste em devolver a harmonia de todos os segmentos envolvidos e prejudicados com técnicas distintas e específicas de cunho analgésica, vascular, articulatório, miofascial, reequilíbrio autonômico e visceral, funcional  e restabelecimento da harmonia do sistema crânio-sacral, além de promover o retorno das funções neurológicas (viscerais) observadas.

           
            


                Procure um profissional osteopata próximo de você e tenha resultados rápidos e eficientes, uma vez que a osteopatia visa sempre a correção da causa e restabelecimento da harmonia corporal. Pode-se afirmar que a osteopatia visa primordialmente o paciente como objeto de tratamento, a remissão dos sintomas será consequência da intervenção.    

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Entorse de costela??


Diante de um quadro de entorse costal atendido na semana passada me veio a possibilidade de escrever à respeito do assunto já que não vemos muitos artigos públicos relacionados à lesões de costelas, e você não leu errado não, uma vez que por se tratar de um componente ósseo que se articula (possui ligamentos), uma costela pode sim sofrer uma lesão de entorse. Quadro intenso de dor pontual posterior (lateralmente a coluna) ou anterior (união com o osso esterno) é causado na grande maioria por um movimento excessivo de rotação de tronco, após uma crise importante de tosses ou por um trauma direto.
           O arcabouço torácico é composto por 12 pares de costelas que se relacionam bilateralmente com cada vértebra torácica, apresentam algumas particularidades relacionadas a cada região do gradil costal, pode ser destacada a diferença da 1ª para as demais costelas onde esta apresenta um sistema biomecânico próprio e um pouco distinto das demais costelas. São formadas por 4 partes anatômicas principais, (1) cabeça, (2) colo, (3) ângulo e (4) corpo.
              As costelas se relacionam anatomicamente com as vértebras torácicas através de 2 articulações distintas, as articulações COSTOTRANSVERSA (entre a costela e o processo transverso vertebral) e  COSTOCORPÓREA (entre a costela e o corpo vertebral), enquanto a outra extremidade costal é unida a uma cartilagem que fará a união da mesma ao osso esterno na região peitoral. As costelas ainda se relacionam com uma série de músculos, onde os mais incidentes nas ações costais podem ser grifados como os intercostais (entre as costelas), serrátil, peitorais, quadrado lombar, abdominais e diafragma. Desta forma elucidamos que aproximadamente 30 músculos podem estar atrapalhando a harmonia do gradil costal e assim trazendo um quadro de disfunção ao paciente.
Como todo componente ósseo articulado do nosso corpo as costelas apresentam um sistema biomecânico bastante singular, já que as 6 costelas superiores realizam um movimento chamado de “Braço de bomba” que consiste em subir e descer aumentando o diâmetro ântero-superior. Já as costelas inferiores realizam o movimento que denominamos como “Alça de balde” por apresentar um movimento de subida e descida aumentado as amplitudes torácicas no plano lateral.
            Por se tratar de uma lesão de entorse, as estruturas que apresentarão disfunções são as articulações com as vértebras ou a região relacionada a cartilagem esternal, nota-se um processo inflamatório incidente, dor aguda pontual na articulação afetada relacionada a movimentos específicos ou respiração. O trauma causador do entorse desalinha uma das 3 articulações projetando a costela para frente ou para trás (detectamos na avaliação palpatória), nota-se da mesma forma um comprometimento da mobilidade local (vértebra em questão) já que um componente articular encontra-se mal posicionado.
            O paciente refere dor aguda bem localizada relacionada à um determinado movimento de tronco, dado este muito importante na nossa abordagem para detectar o tipo de disfunção e qual a articulação que está comprometida, bem como serve para avaliar o grupo muscular envolvido no quadro do paciente.
            As disfunções costais não tratadas devidamente tornam-se crônicas muitas vezes promovendo ao paciente um quadro intermitente de irritação, ou adaptando componentes corporais relacionados ao gradil costal implicando em diminuição de mobilidade ou comprometimento da funcionalidade destas estruturas, são elas, vísceras torácicas, mediastino, pelve, coluna lombar e cervical, ombros, além de vísceras abdominais com relação diafragmática (fígado, estômago, baço e intestino grosso). Desta forma estaríamos diante de uma disfunção considerada simples, porém com repercussões abrangentes.
            As costelas podem também estarem afetadas por efeitos posturais adaptativos e da mesma forma prover sintomas ao paciente à longo prazo.
            O tratamento OSTEOPÁTICO é bastante simples e indolor, consiste na aplicação de técnicas específicas visando reposicionar a costela lesionada, corrigir os espasmos musculares intercostais e de grupos musculares adjacentes ao local lesionado, devolver a mobilidade local e geral de gradil costal.


sexta-feira, 16 de maio de 2014

OSTEOPATIA NAS CÓLICAS MENSTRUAIS


Diante de algumas solicitações e da real importância que o assunto requer, me coloquei a disposição novamente para falar de ginecologia, mais precisamente de um problema que assola cerca de 50% das mulheres em idade fértil, as cólicas menstruais. Deve-se salientar as dores abdominais baixas (pélvicas) num contexto geral para tornar mais importante e visado o assunto pela sua abrangência.
        As cólicas menstruais ou Dismenorréias espasmódicas são notadas como eventos dolorosos presentes na fase pré-menstrual, tal evento pode ser oriundo de uma série de fatores, desde questões vasculares normais até resultantes de uma alteração hormonal.
            Dentre as causas mais comuns das síndromes dolorosas uterinas podem ser listadas:
 

  • Oscilação dos níveis hormonais (estrogênio-progesterona) naturais da segunda metade do ciclo feminino; --> Hipófise.
  • Lesão do tecido uterino por miomas bem como endometriose,
  • Resquícios da descamação da parede uterina proveniente de ciclos anteriores,
  • Excesso de atividade neurológica local (atividade simpática),
  • Medo e ansiedade,
  • Disfunção posicional uterina (flexões e torções uterinas)
  • Disfunção estrutural lombopélvica.
  • Deficiência circulatória (drenagem venosa comprometida)

      Ou seja, de forma mais abrangente podemos afirmar que as crises dolorosas pré-menstruais podem ser de natureza hormonal, nervosa, lesional e\ou estrutural (Postural).
      O ciclo menstrual é marcado por oscilações semanais dos níveis de hormônios (geridos pela hipófise) visando preparar e condicionar esta mulher a receber um feto, caso ocorra a fecundação e a mulher engravide seu corpo (útero) já encontra-se preparado para isso, caso não ocorra uma fecundação, seu corpo descarta as condições anteriores e recomeça o mesmo processo no próximo mês (observa-se a descamação do endométrio e o início da menstruação visando condicionar este útero para um próximo ciclo). Para que haja esse processo de eliminação residual o útero ainda sensível pela descamação deve passar a contrair (ocitocina) visando excretar este conteúdo, contrações estas que proporcionam a sensação dolorosa em algumas mulheres. 

Anatomia do Sistema Reprodutor Feminino
                
         O útero é amparado ou sustentado por diversas estruturas dentre músculos, fáscias e ligamentos, estes são inseridos em ossos específicos da região pélvica (coluna lombar, sacro e ilíacos). Desta forma se a paciente apresenta flacidez ou tensão de períneo (assoalho pélvico), assim como disfunção estrutural\posicional destes ossos em que se encontra inserido, a probabilidade dessa mulher apresentar uma alteração uterina é considerável, já que o útero acompanha as alterações das estruturas que o seguram. Uma torção de sacro, disfunção de ilíacos (bacia), púbis ou de coluna lombar podem acarretar num desalinhamento uterino dificultando o desempenho do mesmo no ciclo menstrual.
       Outro fator importante e muito presente nas pacientes com queixas de cólicas são provenientes da inervação simpática (sistema nervoso autônomo) a qual vai condicionar este útero a permanecer em um estado de pré-tensão e assim intensificar as contrações. Esta inervação é oriunda de um gânglio simpático láterovertebral, neste caso, com origem em L3 (ovários) e L5 (útero), onde qualquer tipo de disfunção vertebral nestes níveis pode favorecer uma estimulação simpática mais proeminente e assim gerar as contrações dolorosas.


        A circulação local proveniente de artérias e veias pélvicas  destinadas para o aparelho genital feminino é aderido ao ligamento largo, estrutura esta que faz jus ao nome já que é bastante amplo unindo toda a face lateral uterina à parede abdominal lateral e ossos ilíacos, desta forma nota-se uma possível repercussão uterina sob efeito de uma disfunção ilíaca (bacia), em disfunção, este ligamento pode sofrer um estiramento alterando o tônus próprio e possivelmente comprometendo as estruturas vasculares que passam por ele.
        Levando-se em consideração que a hipófise é o ”maestro” de todo esse mecanismo hormonal (*) fica claro que uma alteração craniana pode interferir no processo, assim como fatores diversos podem gerar um comprometimento de qualquer uma das estruturas envolvidas seja uma aderência cicatricial ou problemas em outros segmentos que venham a alterar a mecânica das estruturas envolvidas (**) e assim comprometer o funcionamento uterino. 
        Desta forma é notório que a cólica menstrual não pode ser considerada normal e que pode sim ser devidamente tratada com OSTEOPATIA, seu tratamento não é simplista e necessariamente medicamentoso.  A OSTEOPATIA vai visar a devida avaliação e correção das estruturas envolvidas no quadro, sejam estas estruturas ligadas diretamente ou indiretamente ao aparelho reprodutor feminino, são utilizadas técnicas específicas e a paciente apresenta resultados na mesma hora. Devida a abrangência do problema a atuação do osteopata tem igual proporção trazendo integridade vascular, nervosa e funcional ao local, uma vez que os sintomas podem ser provenientes desde uma disfunção uterina local até resultantes de um complexo sistema lesional. 
 
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(*) A Hipófise libera as gonadotrofinas  que vão estimular o ovário a produzir a progesterona e o estrogênio.
(**) Uma lesão no membro inferior que adapte os ilíacos ou o sacro. Uma escoliose que leve há uma torção sacral,...

sábado, 15 de março de 2014

Disfunções de quadril (Artrose)



Uma articulação que gera constante procura por atendimento em clínicas e consultórios fisioterapêuticos é o quadril, normalmente com queixas dolorosas ou restritivas o quadril é uma zona que recebe sobrecargas mecânicas continuamente durante a posição em pé. Desta forma o número de enfermidades que podem ser notadas nessa articulação é significativo, dentre as quais podem ser destacadas a artrose (será comentado no final da postagem), as bursites e as tendinites.
            Esta articulação apresenta uma conformação de “bola e soquete” onde há o encaixe de uma extremidade esférica superior do osso da coxa (cabeça do fêmur) com uma cavidade côncava profunda na porção inferior do osso da pelve (ilíaco). Essa união é reforçada por inúmeros componentes ligamentares e musculares provendo o local de uma estabilidade e resistência bastante significativa. A mobilidade desta articulação é bastante ampla provendo a mesma de movimentos em todos os planos e eixos.
  O aparato músculo-ligamentar pode ser observado nas imagens 

       http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR9cGQBW3npWuR7Myggf9HvffqUMZLW6T-qm4hSKx_yn86UB37z 

     Como mencionado em postagens anteriores o corpo humano apresenta uma capacidade importantíssima de auto-cura e de adaptação, onde os segmentos corporais (neste caso as articulações) mudam sua conformação visando não sobrecarregar um segmento já lesado, por exemplo, um entorse de tornozelo gera uma mudança traumática do alinhamento e da conformação articular dos componentes envolvidos no pé, sendo observadas alterações no modo de pisar, caminhar e a longo prazo de postar-se em pé (repercussão postural), isso só é possível em virtude da adaptação que a tíbia e a fíbula (perna) tiveram para evitar maiores danos ao tornozelo que se encontra lesado, da mesma forma, o fêmur (coxa) adapta-se aos ossos da perna e a pelve posiciona-se anterior ou posteriormente para evitar maiores danos à lesão primária (entorse).
            Tal raciocínio também pode ser aplicado com uma visão descendente destas adaptações, como, por exemplo, os ossos da cintura pélvica adaptando-se à uma lesão de coluna lombar ou de gradil costal.
            Notamos que o quadril frequentemente apresenta sobrecargas provenientes de outras áreas do corpo, e por se tratar de uma articulação bastante móvel apresenta uma capacidade ainda maior de receber esses estímulos e se desgastar mais rapidamente (artrose), uma vez alterada a articulação, o quadril pode apresentar-se com restrição de movimentos por uma fixação onde a musculatura e o aparato ligamentar se tornem tensos limitando preventivamente a mobilidade local, ou como área hipermóvel onde nota-se uma articulação mais livre em virtude dela estar compensando a fixação de uma lesão primária em outro segmento (pé, joelho, coluna lombar, articulação sacro-ilíaca,...).
            No caso dos sintomas de fixação, a avaliação nos mostra uma área com componentes musculares e ligamentares mais tensos que o normal (se tensionam visando privar a articulação de movimento já que a mesma encontra-se em disfunção), enquanto nos casos de hipermobilidade (normalmente associada a dor) os componentes articulares mostram-se mais frouxos visando aumentar a mobilidade e consequentemente compensar a fixação de outro segmento.
            A inervação das estruturas relacionadas com a articulação do quadril são provenientes da coluna lombar e de sacro, portanto disfunções vertebrais de qualquer segmento compreendido entre T12 e sacro podem alterar estes componentes e promover uma disfunção desta articulação.
             
            A COXARTROSE (Artrose de quadril) é uma enfermidade bastante freqüente que gera dor local e impotência funcional, uma vez que a mesma fica sem integridade pra suportar a carga que recebia antes. Há um desgaste da cartilagem articular resultante da associação entre a sobrecarga de peso e a mobilidade aumentada, assim com a cartilagem comprometida os movimentos passam a ficar mais restritos e com menor fluidez uma vez que o contato articular já e ósseo (áspero e doloroso) e não mais cartilaginoso (liso e indolor).
            A evolução da artrose é lenta e distribuída em fases, onde em um primeiro momento o paciente apresenta uma mobilidade maior do quadril favorecendo o início do desgaste articular, posteriormente as lesões instaladas são detectadas pelo sistema nervoso e consequentemente observa-se um aumento da tensão dos componentes músculo-ligamentares visando privar a articulação de movimento para evitar maiores lesões, e por fim as deformidades articulares se fazem mais notórias (Limitação de movimento e alteração do alinhamento articular).
            Entre as condições que favorecem uma coxartrose estão o sobrepeso, lesão articular traumática, artrites e fatores vasculares. Geralmente as queixas atreladas a coxartrose são mencionadas como dores inguinais (virilha), ao lado do quadril, semelhante a uma ciática, dores na coxa, joelho e região pélvica. Tais sintomas normalmente são associados ao movimento e da mesma forma diminuem com repouso, normalmente nota-se uma tendência do membro inferior se adaptar em rotação externa.
            Tais sintomas devem ser confirmados com um exame de imagem onde é observado perda da regularidade da linha articular com diminuição de espaço, ou seja, vai parecer que os ossos estão se encostando e suas bordas estão “corroídas” pelo desgaste.
            A OSTEOPATIA visa sempre a correção da lesão primárias que está gerando a sobrecarga no quadril, a manutenção da integridade articular, a redução do quadro doloroso, aumentar a mobilidade articular, relaxar as estruturas tensas, prover integridade circulatória local e por fim corrigir as deformidades impostas pelo quadro.