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terça-feira, 31 de maio de 2016

Fasceíte Plantar



Fasceíte Plantar é hoje um dos mais recorrentes quadros tratados mundo afora por profissionais de osteopatia. trata-se de uma inflamação da fáscia plantar (membrana localizada na planta do pé) que acomete cerca de 10% da população mundial, quadro doloroso intenso decorrente de uma tensão permanente nesta fáscia em virtude de um excesso de sobrecarga, inflamação e dor intensa esta que pode em alguns casos privar o paciente até de apoiar o pé no chão.
Para esclarecer a instalação de tal enfermidade é necessário compreender e visualizar os componentes envolvidos, assim como os mesmos são dispostos e acometidos neste quadro.
Um dos segmentos corporais mais comumente acometido por lesões e/ou disfunções articulares é o pé, segmento este que se apresenta-se mais vulnerável à quadros de dor em virtude de ser contante submetido à pressões e impactos durante o nosso dia-a-dia. Antecipando todo e qualquer tipo de informação referente a este a este assunto, devo salientar que ‘pé’ e ‘tornozelo’ são articulações distintas com anatomia e funções diviergentes. É denominado como TORNOZELO a articulação formada entre os ossos longos da perna (Tíbia e Fíbula) com o “Tálus”, osso este de morfologia discóide, e do tálus com o calcâneo, tal articulação promove os movimentos de Flexão Plantar (ponta do pé para baixo) e Flexão Dorsal (ponta do pé para cima). Já a articulação do é formada por todos os demais componentes ósseos incluindo: Calcâneo, Navicular, Cubóide, Cuneiformes, Metatarsos e Falanges. Estes são os promotores dos movimentos de Inversão (Planta do pé voltado para dentro) e Eversão (planta do pé voltada para fora).
·                     Sendo o movimento de Inversão o principal mecanismo de lesão dos entorses, nestes casos devemos classificar tais lesões como entorses DO PÉ ( e não de tornozelo);
 


O aparato ligamentar de ambas as articulações é grande, promovendo desta forma um perfil de estabilidade significativa para a base do nosso corpo, sempre que algum fator*(1) gere uma desestabilidade podal a forma que nós passamos a pisar diante disso passa a ser errada e consequentemente alguns componentes podais podem apssar a sofre maior impacto ou estresse.
Na planta do pé uma membrana fibrosa e bastante resistente é uma das estruturas que podem sofrer com a nossa “pisada errada”, a FÁSCIA PLANTAR é uma membrana espessa que se origina na base inferior do osso calcâneo e se insere na face inferior da cabeça dos 5 metatarsos (base dos dedos), sendo assim uma das estruturas que podem lesionar potencialmente de acordo como promovemos a descarga de peso errada nos pés. Como toda estrutura do nosso corpo, seja o pé de forma global ou a fáscia plantar de forma isolada, estes dependem de uma mobilidade normal para desempenharem sua função 100% acertada, se caso houver algo que comprometa esta mobilidade uma dessas estruturas podem apresentar-se doloridas e/ou inflamadas com o passar do tempo por excesso de tensão.
Por se tratar de um quadro proveniente de uma alteração estrutural**(2) do pé, a FASCEÍTE PLANTAR apenas será amenizada com a devida correção do componente podal que está sobrecarregando a fáscia, o tratamento assim inicia-se com a abordagem farmacológica para combater a dor e a inflamação (médico ortopedista), e posteriormente com a correção mecânica das articulações comprometidas através da osteopatia. Se a estrutura podal não for devidamente corrigida, os quadros inflamatórios podem se tornar repetitivos periodicamente, bem como culminar com o agravamento da estabilidade podal e com o surgimento de outras afecções como esporões de calcâneo. 
  A osteopatia vai abordar tal enfermidade com técnicas mauaisque visam devolver a mobilidade e a função corporal normal, bem como corrigir os componentes corporais que podem estar promovendo a desestabilidade do apoio plantar, seja fatores posturais diversos provenientes de outros segmentos ou disfunções locais mal adaptadas.




*(1) : Sobrepeso, fraturas ou entorses de pé e tornozelo, desvios posturais, cicatrizes (retração do centro de gravidade), uso permanete de salto alto, prática excessiva de atividades de impactos (corridas, saltos,…).

*(2): Quando o alinhamento articular do pé está comprometido, os impactos sofridos pelo pé em questão são mal distribuídos e desta forma algumas estruturas ficam sobrecarregadas e acabam lesadas, bem como se algum componente ósseo está fixo por alguma lesão/disfunção as estruturas ligadas a ele (fáscias, tendões e ligamentos) perdem capacidade funcional e podem sobrecarregar.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

HÁBITO DE ESTALAR O PESCOÇO

À você que tem o "HÁBITO DE ESTALAR O PESCOÇO" nos momentos de tensão, a necessidade de estalar uma articulação é oriunda de 2 vertentes:

- Tensão muscular
- Pressão articular

A primeira promove a segunda, ou seja, o fato de você estar tenso aumenta o tônus da musculatura cervical promovendo o aumento da pressão\apertamento de uma vértebra sobre a outra, gerando assim uma sensação de hipomobilidade cervical.
Com a sensação da cervical fixa, desencadeia uma NECESSIDADE de liberar o ponto de tensão (estalar o pescoço) ---> aí você vai e estala. -----> Liberdade :)
Porém, vale salientar que o fato de você estalar o seu pescoço livra a tensão apenas da 2ª vertente mencionada, ou seja, a sensação de liberdade articular é instantânea pela diminuição apenas da pressão articular (*), enquanto a tensão muscular continua lá. Consequentemente a tensão muscular associada ao retorno do líquido intra-articular que ocorre em minutos, faz com que em menos de meia hora você sinta novamente a necessidade de estalar o seu pescoço, afinal a tensão ainda existe.
Toda vez que manipulamos uma articulação (cervical) nós provemos maior mobilidade para a mesma, no entanto o hábito de estalar uma articulação constantemente pode prover um quadro de instabilidade local, reflexo da hipermobilidade que estamos condicionando a cervical, consequentemente aumenta-se a probabilidade de irritação local, quadros de disfunções discais e torcicolos (muito comum pacientes nos procurarem com torcicolos após estalar o pescoço).
orientamos à você que possui o hábito de estalar o pescoço frequentemente e compulsivamente que no momento que você sentir necessidade alongue o seu pescoço, o alívio da tensão muscular vai reduzir o processo de compressão entre as vértebras e consequentemente a pressão local e a vontade de estalar passará. O efeito do alongamento não será instantâneo como a manipulação, porém a pressão diminui e com o passar do tempo a necessidade de estalar seu pescoço torna-se menos frequente.



(*) O estalido articular ocorre pela conversão do líquido intra-articular em gás, não se trata de um choque ósseo. Toda articulação móvel é provida de uma cápsula sinovial que a protege e acondiciona o líquido sinovial responsável pela lubrificação desta articulação. Sempre que estimulamos uma articulação a se mover em uma amplitude maior que a sua normal (levamos a cervical além da mobilidade normal dela) esta cápsula é estirada comprimindo assim o líquido que está dentro dela, o aumento da pressão intra-articular converte este líquido em gás (esvazia a articulação -- liberdade) gerando o estalido que escutamos. Porém em questão de minutos esta cápsula torna a produzir o líquido preenchendo o compartimento articular e devolvendo a pressão local.