Em algum
momento de nossa vida somos vítimas de um evento traumático (mecânico) oriundo
de uma QUEDA, ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO, AGRESSÃO, LESÃO ESPORTIVA, CIRURGIAS
(CICATRIZ), ENTRE OUTROS. De acordo com a intensidade do trauma sofrido pode se
observar uma disfunção permanente deste segmento corpóreo que foi apanhado, ou
seja, traumas mecânicos são fatores que impõem e o corpo humano uma situação de
disfunção não adaptativa onde o segmento que sofreu o impacto torna-se
desalinhado forçadamente e incapaz de se adaptar, tornando aquele local disfuncional.
Como ilustração do que mencionei acima ficam os seguintes exemplos:
- DISFUNÇÃO TRAUMÁTICA:
O paciente cai sentado, de acordo com a intensidade do sacro o ilíaco (osso da
pelve – “bacia”) que sofre o choque no chão pode mudar sua posição tornando-se
mais posterior, anterior ou superior, estas são adaptações que o trauma impõe ao
corpo e que o mesmo não é capaz de corrigir sozinho, precisa de intervenção
osteopática para se realinhar.
- DISFUNÇÃO
ADAPTATIVA: Um paciente que nasce com uma perna alguns milímetros mais curta (normal)
seu corpo vai se adaptar de forma a compensar este encurtamento anteriorizando
o ilíaco do lado da perna curta e assim corrigir os milímetros de diferença,
neste caso é uma adaptação benéfica e necessária para o corpo.
O
corpo humano é uma UNIDADE FUNCIONAL, ou seja, funciona de maneira harmônica entre
todos os seus componentes (ossos, músculos, vísceras, nervos, vasos sanguíneos,...),
diante de um evento traumático o segmento afetado torna-se comprometido e
imóvel, automaticamente os outros segmentos íntegros passam a compensar a
imobilidade do local lesionado e consequentemente sobrecarregando alguma outra
estrutura, a qual vai desenvolver um desgaste funcional notando-se a instalação
dos sintomas no local compensado. (cervicalgia oriunda de um trauma sobre a mão).
Um
trauma de crânio pode mudar a conformação anatômica do osso afetado tornando-o
mais interno na calota craniana, ou seja, ele fica preso e imóvel (os ossos
cranianos articulam-se entre si ***) entre os ossos em que se articula adotando
uma disfunção que na osteopatia denominamos como ENCASTRAMENTO. Um osso encastrado
vai prejudicar a mobilidade do restante da unidade craniana e conseqüentemente
prejudicar as estruturas vasculares e nervosas com que tem relação, ou seja,
alguns vasos sanguíneos e nervos podem estar comprimidos ou estirados trazendo
ao paciente sintomas específicos do osso e de suas estruturas acometidas (cefaléias,
enxaquecas, dor de ouvido, vertigens, náuseas, dor de dente, rinite, sinusite,
hipoconvergência, estrabismos, dor ocular, desvio de septo, disfagia (dificuldade
pra engolir), transtornos viscerais, cansaço, ...).
Nos traumas de
forma geral (entorses, fraturas, pancadas,...) normalmente o segmento acometido
torna-se imóvel e conseqüentemente componentes vizinhos ganham mais mobilidade
pra compensar a pouca mobilidade do local lesionado, com os componentes
adjacentes mais móveis, a capacidade de se adaptar a lesão primária ( achar uma
posição que estresse menos o segmento lesado) é maior, assim as articulações do
membro afetado vão mudando sua conformação (girando, inclinando, torcendo,...)
até chegar na coluna vertebral ou em um ponto que não necessite adaptar outro
segmento, que não acomoda mais os estímulos adaptativos vindos do trauma, desta
forma como último estágio adaptativo do trauma a vértebra em questão torna-se
disfuncional e passa a gerar sintomas (dor, protrusão e hérnia discal,...).
Este é um fenômeno
adaptativo que ocorre lentamente com o passar dos anos, muito normal um
paciente portador de lombalgia apresentar um histórico traumático de membro
inferior na infância, desta forma corrige-se (OSTEOPATIA) o local do trauma e a
lombalgia regride satisfatoriamente, já que o estimulo adaptativo do trauma é
interrompido.
A OSTEOPATIA
vai atuar corrigindo o segmento portador evento traumático e suas adaptação que
necessitem de intervenção, da mesma forma vai atuar promovendo um reequilíbrio
segmentar neutralizando as compensações corporais atreladas ao trauma primário.
Portanto, o paciente que sofreu um trauma deve procurar um profissional
osteopata para uma intervenção a ponto de impedir que seu corpo venha a
apresentar adaptações prejudiciais.